Tutorial 2
Vamos relembrar: a área da circunferência = Pi*raio^2.
Se queremos metade de uma área y basta dividir pela raiz quadrada de dois (porque vai ter metade do raio), certo?
Para aqueles que ainda não se perderam nas contas e para os outros, isto é o mesmo que dividir por 1,4.
O valor absoluto da abertura varia consoante a distância focal, de forma a que por exemplo uma abertura de 15mm numa lente de 60mm vai ter o mesmo efeito que uma abertura de 25mm numa lente de 100mm apesar dos valores absolutos serem diferentes. Se dividirmos a distância focal pela abertura vamos ter o mesmo valor relativo, 4, que é independente da distância focal. Estes valores relativos da abertura são usados para categorizar as objectivas (f numbers, f stops) e costumam aparecer como F4, f/4 ou 1:4. Agora o atento leitor já percebe o que são aqueles éfes e números que aparecem na objectiva – f/2; f/2.8; f/4; f/5.6; f/8; f/11; f/16, etc. Também se está a ver que quanto maior o número, menor vai ser a abertura porque é o denominador de uma fracção. f/2 corresponde a uma maior abertura do que f/16 (ver imagem)

O valor máximo de abertura também serve para classificar as objectivas em “lentas” e “rápidas”, sendo que quanto menor a fracção do f mais luz entra, podendo-se usar velocidades de obturação mais rápidas. Por exemplo uma lente cuja abertura máxima é f/2 é uma lente rápida e é ideal para fotografar com pouca luz.
As lentes vêm tipificadas com a distância focal (por exemplo 18-55mm) e com a abertura máxima (p.ex.: f/5.6). No entanto uma lente 18-55mm f/3.5-5.6, quer dizer que a abertura máxima relativa na distância focal de 18mm é de f/3.5 e nos 55mm é de f/5.6.
P.S.- o próximo tutorial vai ser sobre a velocidade de obturação, e a relação deste parâmetro com a abertura na exposição da foto.